terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL


REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

A regionalização é a divisão do espaço geográfico, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. Qualquer espaço pode ser regionalizado, isto é re-divido, um país, uma outra região, um estado, até mesmo as cidades são divididas em regiões [bairros]. Pode ser região administrativa, natural etc. No plano global o mundo também é dividido em regiões, cada continente se constitui numa região.



 A DIT - divisão internacional [social] do trabalho tem origem há aproximadamente 5.500 anos, com o aldeamento; essa divisão social foi se aperfeiçoando até os dias atuais, quando ditam às mais diferentes regiões do mundo o que elas devem produzir e/ou consumir. 


Essa desigualdade combinada se reproduz por meios desiguais como a transferência de processos de trabalho mais banais para os países subdesenvolvidos e retendo para os desenvolvidos os processos de trabalho mais sofisticados, logo, o salário é menor nos países periféricos.


Antes da Segunda Guerra Mundial havia uma ordem mundial multipolar, representada pelo Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, Japão e Rússia. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, especialmente, a Segunda Guerra Mundial foram momentos de desequilíbrio nessa ordem multipolar. As potências europeias e o Japão saíram arrasadas da disputa. Então EUA e União Soviética passaram a dividir o mundo entre si; o mundo ingressou, então, numa ordem bipolar, que durou até 1991.


Hoje a dúvida é: qual a nova ordem mundial? Seria monopolar, com os EUA ‘dominando’ o mundo, ou multipolar, destacando-se, principalmente, o Japão, EUA, Europa, China? A economia mundial indica a multipolaridade com o predomínio dos EUA e forte presença dos Bric, principalmente a China, que tem uma economia saudável.  Atualmente os EUA vêm passando por uma séria crise; porém o seu papel de país dominante (e representante máximo do capitalismo) é ressaltado pelo fato de que vários setores e países do mundo sofrem os efeitos dessa crise.






segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

TRAVESSIA DA SERRA DA PICADA [MARINS-ITAGUARÉ]


Travessia da Serra da Picada    [Marins-Itaguaré]

     Em julho de 2012, resolvi fazer a travessia da Serra da Picada, mais conhecida por Travessia Marins-Itaguaré.     Já a conhecia de uns dez anos atrás, os trechos e transposições continuam fortes, some-se a isso o fato de eu fazê-la em solo, de começo o tempo fechado!, contrariando toda a previsão da Agência Nacional do Tempo/CPTEC-INPE.


    
A rodovia Piquete-SP à Delfim Moreira-MG nos oferece duas opções de acesso ao Campo Base, seja pelo Bairro dos Marins, imagem à direita, ou pela Fazenda Saiqui, imagem a esquerda.     Informe-se em Piquete-SP





Esse é o campo base, você encontrará boas informações para iniciar sua aventura, e/ou a prestação de serviços para galgar os cimos dos Marins ou a Travessia Marins-Itaguaré.     No mês e ano da minha travessia encontrei o Guia Milton, sempre disposto, animado e preparado para te guiar.      Ai você vai encontrar água e a preços módicos, deixar seu carro no estacionamento, se  tiver dúvidas do percurso, não deixe de bater um bom papo com o guia.     Os serviços prestados estão no banner ao lado.    Então BoraBora!!!



         

    A subida é feroz, é na perna, no braço e nos dentes.....




Saindo do campo base, passando pela porteira, rumo ao Morro do Careca, começa essa trilha bem demarcada pelos intensos pisoteamentos, não há erro, é só seguir em frente e pra cima, é puxado!!
Dose bem suas energias, de todo o percurso considero essa subida a mais desgastante fisicamente, porém, quase nada psicologicamente.




Nesse ponto, deve ter passado uma hora de caminhada, a esquerda você vai até uma fonte de água pura, em frente você acessa o Morro do Careca.









Esse portal é simbólico, aos poucos, observamos pinturas amarelas no chão nos orientando sentido Marins.     E o tempo!! Ainda me preocupava.











Observe bem essa imagem, parei para contemplar o Sol se pondo, vire sua cabeça para a direita, e aí!!! Muito simbólico né!!     Nesse momento 17:30horas tinha que chegar no ponto de camping, eu sabia que estaria escuro, então preparei a head lamp e mais pernada pra cima, por cinco minutos errei o caminho, mas logo o encontrei, só por Deus!!

Enfim, uma área de camping, me preparei para o frio e fiz uma deliciosa refeição, à noite, o capim de elefante cantava com o vento, não tive ânimo pra levantar e registrar o fenômeno, deu 1 grau negativo. 
Imagine só........ eu aquecido, e lá fora aquele gelo, nem pensar, e sabe que nem da cachaça quis saber, simplesmente dormi...zzzzzzzzzzzz.






E o tempo abriu, felicidade total, BoraBora!!!











Que belo visual, Os Marins, imponente...
Me aguarde!!!!!!!!!!!!!!!!
Aviso:  na trilha e seguindo à direita dessa imagem você vai encontrar água, muita atenção, quando chegar à área mais úmida, em algum ponto vai brotar uma min dágua, lá encima não tem água, portanto, decida-se, porém.....





Essa é a mina, informam que essa água não é potável, eu usei hidrosteril, bebi e estou melhor do que quando comecei a trilha.
Quer um conselho!!!!!!!!!!!!!!!!
Leve um purificador de água.







A cor da água é devido a alta concentração de sais de ferro, que não faz mal, porém, o que preocupa os montanhistas são os coliformes fecais, portanto, novamente recomendo, use um purificador de água.
Uma preocupação a menos, adelante!!!!










Na base dos Marins.


No topo dos Marins










 Uma linda visão, no ponto mais alto dos Marins, ao fundo o Vale do Paraíba escondido.
Aí está o Marinzinho, se a travessia for o objetivo, você terá que retornar e atravessá-lo, não se engane, suba-o, os marcos de trilha ou totens vão aparecer com mais frequência, daqui pra lá é paulera, aconselho quatro litros de água por pessoa, para garantir, eu comecei a caminhar as 12 horas, e às 17 horas estava bem embaixo da Pedra Redonda, que poderia ser chamada de Partida.
 Visualize bem essa imagem, você deverá atravessá-la, é um verdadeiro pântano, mire o paredão à direita e continue, está bem marcada, mas muita atenção, e se prepare, quando chegar no paredão é o que eu chamo de Punk, um trecho curto, rápido mas exaustivo.
 Nesse ponto dá pra visualizar o Pico do Itaguaré ao fundo, e o meu objetivo, a Pedra Redonda.
Coragem, chegou até aqui.........................
Uma das belas passagens.












 Tem muito chão, e agora atenção, torcer o tornoze-lo é muito fácil, pise firme, sem presa, o que parece distante, segundo a lei de Murfh, realmente o é.
Olha a perseguida aí!!!
Tô cansado não fiz nenhuma refeição além do café fraco da manhâ, levo alguns segredos da indústria de alimentos, mas não é bom abusar!!!!

Se essas cordas nãi tivessem aqui, que ferrada heim.....










Cheguei as 17horas, armei a barraca, mas observe atrás dela, quantas rochas, eu digo, isso me salvou!! Do que? de não levantar vôo á noite, que vento colega, o teto envergava em direção a minha testa, um vento intermitente, intenso, que só parou às 6horas, foi um parto, que alívio, e o frio afff, que sacanagem, em pensar que mais 5 minutos de descida, tinha espaço para acomodar um pelotão!!!!





 Tá escurecendo, mais uma noite com Deus!!!!!!!
 Olha eu aí, depois de tanto vento e frio, amanheceu!!  Que céu abençoado.......
Isso só pode ser obra de Deus, agora chamado de Higgs, ou sei lá.......

Enfim, o Vale do Paraíba, erosão ou falha tectônica, por isso não me senti sobre Horst.










 Olha a lua aí!! sobre a pedra redonda.
O Sol, a escamas, o alo, as montanhas e eu confraternizando....
 Não poderia esquecer dos meus amigos mineiros, olha aí o Sul de Minas Gerais, e seu relevo mamelonar.
Hasta luego...
Muy amiga.
 Lhes apresento o Pico do Itararé, tem chão ainda, não pense não.........
Bonita travessia!!
 Ao fundo verificamos em amarelo, escrito Marins, para aqueles que optaram pela travessia Itaguaré-Marins, que eu não aconselho, mas..........
Informe-se amigo.
Enfim, o início da descida rumo ao Campo Base Itaguaré, agora a trilha é uma verdadeira estrada.
Umas duas horas depois....
Não se esqueça, se seguir a estrada a direita vai pra Cruzeiro-SP/Passa Quatro-MG, e à esquerda vai entre outras cidades para Marmelópolis, que eu aconselho, mas............
Informe-se amigo.
Enfim, valeu!!!
Obrigado a todos pela força, essa vai para meus pais, in memorian, Obrigado Mãe, Obrigado Pai, vocês sempre estarão comigo.
Depois de dois dias curtindo Marmelópolis, bem descansado e alimentado, segui para a Fazenda Saiqui, um tirico.........
Recomendo, não é fácil, arrume um grupo PARA FAZER A TRAVESSIA!!, é melhor.
 Vegetação de altitude.
Capim Elefante.
 Vegetação de Altitude.
Bambu Carafá, não desejo a ninguém!!
 Dá uma olhada nesse emaranhado de vegetação que não dá pra distinguir nada, só aqui mesmo!!
E agora uma floresta tropical.................

Como não podia faltaR a augustifolia Brasilienses, mais conhecida por Araucária.

PLANALTO DO ITATIAIA

   Planalto do Itatiaia
Depois de chegar na Garganta do Registro, você vai acessar a estrada que leva à parte alta do PNI, aqui está a portaria de acesso mediante uma taxa a ser paga no local, informe-se dos valores e das regras de boa conduta e segurança.




A estrada é transitável até o Abrigo Rebouças ou o início da trilha para as Prateleiras mas nem sempre está liberada devido ao período de reprodução de alguns animais, no inverno é comum ver escarchas.
Essa estrada nos da acesso a parte alta do PNI.
Informe-se sobre a possibilidade de acesso dos veículos.







Esse é o Abrigo Rebouças, fim de estrada e começo de trilha para aqueles que querem acessar o Pico das Agulhas Negras, a Asa de Hermes, a Pedra do Altar,ou o Vale do Airuoca.
Com a devida autorização do PNI, é possível fazer a travessia até Visconde de Mauá-RJ.




Essa é uma antiga usina desativada, e marca do outro lado, o início da trilha, muitos encaram um banho em suas águas gélidas.





Ao fundo, majestoso, está o Maciço da Agulhas Negras, nosso objetivo.
Um tempo de caminhada razoável até o topo partindo do abrigo rebouças é de três horas, com um grupo pequeno e preparado menos de duas horas.








A ponte pênsil é uma diversão a parte.




Logo vai aparecer o córrego Agulhas Negras, tributário do rio Paraíba do Sul, abasteça-se de água, a subida é forte.
Agora você está na base do Maciço, a subida é forte, vá devagar!!!





Ao longe vemos o Maciço Prateleiras, entre nós um imenso vale, escavado no período cenozóico por imensas geleiras.
Lá também é acessível e tem vias de escalada impressionantes como a Chaminé Idalício.




Essa trilha é impressionante, e o capim é bem cortante, aconselho uma manga comprida e uma dessas luvas de ciclistas, com os dedos expostos.







Maior perrengue na subida.






Uma parada entre tantas para um descanso.





Mais uma parada, vai se acostumando!!
Ao fundo, as impressionantes paredes do Maciço.














Outra visão das Prateleiras.





Se você achou que estava difícil, agora é que o bicho pega, vamos subir essa imensa fenda até ela se estreitar e dar passagem para uma unica pessoas.       Simbora!!!!!!!







Pra cima colega!!!!







Uma mãozinha aqui!




A canaleta está se estreitando!!!!!





Em alguns pontos tem-se muita sombra, que frio que faz!!, e se estiver ventando, nem fale!! Affff.....







Aqui é o final dessa canaleta, no alto um pouco abaixo é possível verificar uma
passagem, fazendo contraposição de pernas e braços você vai conseguir vencê-la





Nesse ponto encontramos um grampo P, se for necessário monte uma segurança, um pedaço de corda de dez metros é suficiente.





Não existe palavras para descrever certas paisagens.







Observe bem as fissuras e os furos na parede rochosa.
Não terminou, ao chegar no cume, surpresa!! o lado de lá está a alguns centímetros mais alto, é onde se encontra a caixa de aço do livro de cume, e entre você e o livro a um abismo a ser vencido.






Nós montamos uma tirolesa dupla com corda estática, e uma corda de segurança dinâmica, o suficiente pra arrastar um elefante.






A movimentação constante tomou mais de uma hora......






E vai e vem, nem queria ficar sem assinar o livro!!





















Enfim, um dos últimos...











Esse é o perseguido, famoso livro de cume.





É hora de descer, muito cuidado, torcer o pé pode causar um problemão.






Um descanso...






Estrada de novo.






No outro dia o tempo fechou, mas não choveu.







Aí está a Pedra do Altar.







E o frio a noite, abaixo de zero né.







Mãe natureza, que mais...............






Olha toda a turma aí, tudo correu bem, prontos pra outra.






Uma das tantas cachoeiras do PNI, e não é que o pessoal entrou.






Olha a Gabriela aí, e nem parece que está frio.






Fim de trilha...
Valeu pessoal, prontos para encarar mais uma?