HISTÓRIA DA
CARTOGRAFIA
Desde os primórdios da civilização, ainda em
seu estágio primitivo, o homem tratou de demarcar sua posição e seu domínio.
Sem saber, ele já aplicava a Topografia.
Os babilônicos, os egípcios, os gregos, os chineses, os árabes e os
romanos foram os povos que nos legaram instrumentos e processos que, embora
rudimentares, serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades tanto
urbanas como rurais, com finalidades cadastrais.
MAPA ESCANDINAVO
Confeccionado
em pranchas de madeira, reproduzia o litoral escandinavo.
GROMA EGÍPCIA
GROMA EGÍPCIA
Instrumento
primitivo para levantamentos topográficos.
Era utilizado em áreas planas para alinhar direções até objetos
distantes e então, transferir as linhas de visada para o solo, marcando neles
linhas retas. Alternativamente era
possível marcas os ângulos necessários para erguer construções como as
Pirâmides. A partir destes métodos
topográficos rudimentares foram obtidos dados que possibilitaram a elaboração
de cartas e plantas, tanto militares como geográficas, que foram de grande
valia para a época e mesmo como documento histórico para nossos dias.
MAPA DE ÇATALHUYUK
Foi um
assentamento neolítico muito grande na Anatólia, datada de cerca de
6.700 aC. Mostra um estágio cultural refinado, com casas de
tijolos crus nas quais se entrava pelo teto, possivelmente por uma escada
de madeira. O trânsito entre as casas se fazia por cima destas, já que não
havia ruas entre elas.
MAPA DE
GA-SUR (3.800 a 2.500 AC)
Este é
considerado um dos mapas mais antigos, foi encontrado na região da
Mesopotâmia. Representa o rio Eufrates
e acidentes geográficos adjacentes. É
uma pequena estela de barro cozido que cabe na palma da mão e que foi
descoberta perto da cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual.
MAPA DE
BEDOLINA, ITÁLIA
Documento
antigo de cartografia, o Mapa de Bedolina, de aproximadamente, 1.500 A.C.
visava representar uma aldeia na região do Rio Pó, ao norte da Itália.
MAPA MUNDI –
ANAXIMANDRO DE MILETO
O primeiro
mapa-múndi conhecido foi elaborado por Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.),
discípulo de Tales, que no século VI AC tentou representar o mundo como um
disco que flutuava sobre as águas. Algum tempo mais tarde Pitágoras, chegou a
conclusão que a Terra era redonda iniciando assim uma nova escola.
Este curioso
mapa é feito de tiras de fibra vegetal, representando a área oceânica do
arquipélago formado pelas Ilhas Marshall, no Pacífico, a nordeste da Austrália. Algumas ilhas estão representadas por conchas
presas às tiras. As linhas curvas representam as direções
predominantes das ondas.
MAPA DE
ERATÓSTONES
No século
III a.C. Eratóstones (276-196 a.C.) iniciou as medidas para a determinação do
círculo máximo do Globo terrestre, chegando ao valor de 45.000 km. Este
pesquisador foi o primeiro a tentar medir o raio da Terra. Mais tarde, no século II AC, Hiparco de Nicea(160-120
a C.) trás para a Grécia os conhecimentos babilônicos sobre a graduação
sexagesimal do círculo e a partir daí define a rede de paralelos e meridianos
do globo terrestre. Eratóstenes desenhou um mapa do mundo
melhorado, incorporando informação resultante das campanhas de Alexandre, o
Grande, e dos seus sucessores. A Ásia
surge maior, refletindo os novos conhecimentos da verdadeira dimensão do
continente. Eratóstenes
foi também o primeiro geógrafo a incorporar paralelos e meridianos nas suas
representações cartográficas.
MAPA DE
PTOLOMEU
O apogeu da
cartografia nesse período está relacionado à obra de Ptolomeu (87-50 a.C.). Sua
famosa obra Geografia é formada de oito volumes, tratando desde a construção de
globos à técnica de projeção de mapas. Descreveu mais de 8.000 lugares com
coordenadas geográficas. O volume mais importante trata dos princípios da
Cartografia, da Geografia, da Matemática, das projeções e dos métodos de
observação astronômica.
No século I
, Marino de Tiro define os princípios da geografia matemática e estabelece,
pela primeira vez, a posição astronômica de numerosos lugares e cidades,
especialmente na zona mediterrânea.
No século II Claudio Ptolomeu (90-168 d.C.)
realiza suas observações astronômicas na cidade de Alexandria e escreve sua
principal obra denominada Megalé Sintaxis ou Grande Construção que trata da
Terra, do Sol, da Lua, do Astrolábio e de seus cálculos, das Elipses, um
catálogo de estrelas e finalmente os cinco planetas e suas diversas teorias.
Esta obra recebeu o título de El Almagesto na língua árabe.
MAPA ROMANO
Mostra o
expansionismo romano no séc.I
OS MAPAS
MEDIEVAIS T-O
Os mapas
medievais "T e O" originaram-se da descrição do mundo na obra
Etymologia de Isidoro de Sevilha. Este conceito de cartografia medieval
representa apenas o hemisfério norte de uma Terra esférica, dedução feita a
partir da projeção da porção habitada do mundo conhecida nos tempos romanos e
medievais. O "T" é o Mediterrâneo dividindo em três contimentes:
Europa, Ásia e África, sendo o "O" um Oceano circundante. Jerusalém
era usualmente representada no centro do mapa e a Ásia surgia do tamanho da
soma dos outros dois continentes. Porque o Sol nascia a leste, e o Paraíso
(jardim do Éden) era geralmente representado como sendo na Ásia, estando, dessa
maneira, situada na porção superior do mapa.
No século XI
o hispanico-árabe Azarquiel, inventa a Azafea, astrolábio de caráter universal
baseado na projeção da esfera sobre um plano que contém os pólos e que calcula
a posição dos astros determinando sua altura sobre a linha do horizonte.
CARTA PISANA
No século
XIII aparece a Carta Pisana cuja construção se baseava em rumos e distâncias;
os primeiros eram medidos por agulhas magnéticas e pelas rosa dos ventos; a
segunda calculada pelo tempo de navegação.
Este mapa
chinês é, além de um guia de navegação, o relato da última viagem de Zheng He, almirante
da frota imperial em meados do século XV.
No alto à esquerda, aparecem as costas da Índia, o Sri Lanka à direita e
o litoral africano logo abaixo.
OS
PORTULANOS
Em 1420 o
Infante Dom Henrique de Portugal, funda a Escola de Navegadores em Sagres e
poucos anos após ocorre uma autêntica revolução na produção de cartas e mapas
motivada pela divulgação e ressurgimento das teorias de Ptolomeu e pela
invenção da imprensa, o que ocasionou a possibilidade de se estampar os mapas
sobre pranchas de bronze.
O uso do compasso e das bússolas
como instrumentos náuticos, comuns desde o fim do séc XII, junto com o
desenvolvimento do astrolábio, foram decisivos para a criação das cartas
náuticas, que conseguiram um grande grau de perfeição no séc. XIV, com os
portolanos. Nesta época os cartógrafos já tinham conhecimento de latitude e
longitude, e noção dos círculos polares.
Os portolanos não eram feitos como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais de latitude e longitude para facilitar a localização. O método utilizado eram as linhas de rumo, que foram aperfeiçoadas por Angelo Dulcert Portolano, em 1300. Embora pareça óbvio que o termo "portolano" venha de seu sobrenome, há estudos que indicam outra origem. O termo vem do latim, através do italiano, e parece ter sido usado pela primeira vez em 1285 com o significado de "descrição dos portos marítimos e das costas". Ambas as origens são plausíveis, assim como também são aceitas as duas formas em uso: "portolano" ou, como é mais comum, "portulano". Escolha o que mais lhe agrada.
A partir do século XVI o termo portulano começou a ser aplicado a qualquer coleção de instruções náuticas e aos mapas que acompanhavam. E no século passado, finalmente, os cientistas passaram a chamar assim a todas as cartas marítimas antigas. Os portulanos eram desenhados em formato grande sobre pele bovina ou de cabra. Nos navios havia um exemplar para a orientação náutica e outro como reserva. Foram produzidos também alguns portulanos em forma de atlas, que facilitavam o manuseio em terra firme, mas estavam sujeitos a deformações e tinham o campo de leitura limitado.
Os portolanos não eram feitos como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais de latitude e longitude para facilitar a localização. O método utilizado eram as linhas de rumo, que foram aperfeiçoadas por Angelo Dulcert Portolano, em 1300. Embora pareça óbvio que o termo "portolano" venha de seu sobrenome, há estudos que indicam outra origem. O termo vem do latim, através do italiano, e parece ter sido usado pela primeira vez em 1285 com o significado de "descrição dos portos marítimos e das costas". Ambas as origens são plausíveis, assim como também são aceitas as duas formas em uso: "portolano" ou, como é mais comum, "portulano". Escolha o que mais lhe agrada.
A partir do século XVI o termo portulano começou a ser aplicado a qualquer coleção de instruções náuticas e aos mapas que acompanhavam. E no século passado, finalmente, os cientistas passaram a chamar assim a todas as cartas marítimas antigas. Os portulanos eram desenhados em formato grande sobre pele bovina ou de cabra. Nos navios havia um exemplar para a orientação náutica e outro como reserva. Foram produzidos também alguns portulanos em forma de atlas, que facilitavam o manuseio em terra firme, mas estavam sujeitos a deformações e tinham o campo de leitura limitado.
PLANISFÉRIO
DE MERCATOR
Gerhardt
Kremer (1512-1594), que adota o nome de Mercator, define uma nova projeção
cilíndrica na qual as linhas loxodrómicas (direção de rumo constante que
percorre o barco em sua navegação) se apresentam como linhas retas. Geógrafo, cartógrafo e matemático
flamengo. Autor de um planisfério
(1569) construído numa projeção por ele concebida, usada até hoje nas cartas
náuticas, a Projeção de Mercator.
No século
XVII, Huygens calculou o valor do achatamento terrestre seguindo o raciocínio
de Newton, entretanto sem aceitar que a densidade das capas terrestre fosse
homogênea, considerando sim toda a massa concentrada em seu centro. O século
XVIII se caracteriza pelo desenvolvimento da instrumentação topográfica. A
luneta astronômica, idealizada por Kepler em 1611 e a construção de limbos
graduados dão lugar aos primeiros teodolitos. Ao mesmo tempo, a invenção do
cronômetro e do barômetro, possibilitaram a medida do tempo e a determinação de
altitudes.
Levantamento excelente!
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